1-Nome
Peter D’Rohan Hoffmann
2-Alcunha
Oi tantas… Quando cheguei a Portugal a rapaziada de equipa na altura chamavam-me Bifinho…era alto e muito magrinho!!! Depois quando comecei a jogar pela selecção passou para o Zé Rohan que até hoje colou.
3-Idade e data de nascimento
14 Janeiro 1972…36 anos….sou o mais novo de equipa técnica.
4-Idade em que começaste a jogar
6 anos e deixei aos 34. Numa altura fiz 3 épocas seguidas sem parar…por isso consegui fazer 30 épocas de rugby ao longo de 4 décadas!
Do the Maths!!!!!
5-Porquê?
Uma história muita engraçada.
O meu pai jogou Rugby League (13) pela selecção Australiana em 1956/57 e queria que eu também jogasse. Quando nós éramos mais novos (eu mais as minhas 3 irmãs) o meu pai trabalhava muito tempo fora de casa no interior da Austrália. Eu tinha muita energia e estava constantemente a dar cabo do juízo da minha mãe. Até que um dia uma amiga dela sugeriu que ela me inscrevesse no rugby…o que ela fez logo no fim-de-semana seguinte. Bem…quando o meu pai regressou depois duma viagem de trabalho e a minha mãe lhe contou ele ficou muito contente. Até ao dia que ele me foi ver jogar nos Under 7s do meu clube e não percebeu nada do jogo…claro o Rugby Union e o Rugby League são duas variantes bem diferentes. Até hoje lembro-me perfeitamente de ouvir o meu pai a gritar fora do campo para a minha mãe…”WHAT IS THIS SHIT???”
O mais engraçado é que até hoje ele ainda não percebe muito do Rugby Union mas gostava muito de me ver jogar.
6-Altura
190 cm
7-Peso
Agora, 88kg…quando jogava, 96kg mas já cheguei a pesar 104kgs (ask Mourão!)
8-Posição actual
Treinador e Árbitro
9-Posições em que já jogaste
15, 11, 13, 12, 10, 9, 8, 5
Mas a minha posição de sempre foi o 15.
10-Posição em que sonhas jogar
Felizmente já não tenho estes sonhos…já são outros!!!
11-Adversário mais difícil que já jogaste
Os All Blacks nos torneios de 7s porque como eu jogava a pilar levava sempre com eles e eram 14 minutos de sofrimento…
12-Momento mais marcante na carreira
Obviamente, ganhar o campeonato pelo Técnico em 1997/98…e também sem dúvida o ensaio que marquei contra a Escócia em Murrayfield durante um jogo de qualificação para o Mundial de 1999. Pode-se dizer que foi um ensaio marcado à Técnico, pois saiu duma combinação minha e do Mourão mesmo no apito final…já a perder por 81- 6 (uma penalidade do Mourão e um drop meu…) e ouvir o arbitro a avisar que era a bola de jogo…tivemos um meleé nos nossos
13-Jogador favorito no clube
Neste momento na equipa sénior gosto muito do Filipe Luís…pela qualidade como jogador mas também pela liderança e espírito de trabalho.
14-Jogador favorito da nossa equipa
Obviamente é uma pergunta que não consigo responder…são todos os meus favoritos.
15-Jogador internacional favorito
John Eales (ex-capitão de Austrália), com quem tive o privilégio de jogar na mesma equipa na escola e depois pelo meu clube na Austrália…os “Brothers”.
16-O que te deu mais prazer, treinar-nos este ano ou dar a aula à Soraia?
São coisas completamente diferentes…é como perguntar se gosto de peixe ou de carne??? Tudo o que faço dá me imenso prazer!!!!
17-Placagem do ano?
Só pelo impacto que teve em toda a gente que teve o privilégio de assistir a este jogo…o do Faustino na Lousada na 1ª volta.
18-Ensaio do ano?
O ensaio de equipa que marcámos contra o CDUL no EUL que o nosso amigo Sassas teve a sorte de o marcar.
19-O que é que mudavas no Técnico?
Felizmente as coisas já estão a mudar…já temos de volta um espaço para nós, o clube está a dar a importância que devia aos escalões de formação e temos uma equipa bastante competitiva para voltar á Honra pró ano. Agora a mudar…os halteres do ginásio.
20-Desejos para o futuro?
Que este grupo de jogadores nunca perca o gosto por este desporto maravilhoso que pode nos trazer muitas alegrias mas ao mesmo tempo muitas tristezas e frustrações. Não tenho a mínima dúvida que o futuro do Técnico está em boas mãos…
Testemunho anónimo:
Rohan "Roin" Hoffman: um átleta de segunda categoria mas um treinador de primeira!
Muito pouco há a dizer acerca deste luso-australiano que, por ocasião do destino, se veio achar em terras de Portugal, aplicando ferozmente o seu talento de "personal trainer" e o seu português fluente enquanto espera o chegar da velhice (que promete estar para breve).
Em tempos que já vão bem longe, importante figura da selecção portuguesa de rugby, jovem de físico invejável, espírito aventureiro aguçado. Agora, casado e cansado, é um homem fatalmente ligado ao desporto sendo detentor de uma vida dupla: "tratador" de tipos de sexualidade duvidosa durante o dia e líder de homens de barba rija pela tardinha e fins-de-semana.
O homem da palavra (e do apito!) certa no momento certo (apesar do já observado excepcional português) quando a estes últimos se dirige. Pai de filhos, filho de pais... Enfim, o típico praticante da modalidade que tanto apreciamos.